Contribuindo para o maior conhecimento dos temas relacionados aos acidentes do trabalho o Ministério da Previdência Social e o Ministério do Trabalho e Emprego apresentam o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho – AEAT.
Neste documento são apresentados dados sobre acidentes do trabalho, suas principais consequências, os setores de atividades econômicas e a localização geográfica de ocorrência dos eventos.Analisando este documento procuramos resumir assim destacando as partes mais importantes.
Este documento e dividido em duas seções que são:
- Estatísticas de Acidentes do Trabalho
- Indicadores de Acidentes do Trabalho
a primeira seção fala principalmente do numero de acidentes de trabalho que aconteceram no Brasil de 2011 a 2013.E os acidentes são divididos em três tipos principais que são:
- Acidentes Trajeto
- Acidentes Típicos
- Doenças do Trabalho
E as vitimas são divididas entre pessoas que trabalham com CAT registrada e não registrados.
A Tabela abaixo traz os números totais dos acidentes de trabalho ocorridos no Brasil de 2011 a 2013, onde se pode analisar que se teve um pequeno decrescimento do numero de totais de acidentes, mais em relação as pessoas registradas isso houve um aumento de cerca de 1%.Os acidentes com as pessoas sem registro diminuiu de 2011 para 2013, fato que se deve também ao decrescimento de pessoas que estão trabalhando em situação irregular.
Tabela 1- Quantidade de acidentes por situação de registro e motivo segundo a CNAE no Brasil de 2011 a 2013.
CNAE |
QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO |
|||||||||||||||||
Total |
Com CAT Registrada |
Sem CAT Registrada |
||||||||||||||||
Total |
Motivo |
|||||||||||||||||
Típico |
Trajeto |
Doença do Trabalho |
||||||||||||||||
2011 |
2012 |
2013 |
2011 |
2012 |
2013 |
2011 |
2012 |
2013 |
2011 |
2012 |
2013 |
2011 |
2012 |
2013 |
2011 |
2012 |
2013 |
|
TOTAL |
720.629 |
713.984 |
717.911 |
543.889 |
546.222 |
559.081 |
426.153 |
426.284 |
432.254 |
100.897 |
103.040 |
111.601 |
16.839 |
16.898 |
15.226 |
176.740 |
167.762 |
158.830 |
Na seção 2 do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho – AEAT que traz os indicadores de acidentes no trabalho.O assunto principal e a intensidade com que acontecem os acidentes do trabalho expressando a relação entre as condições de trabalho e o quantitativo médio de trabalhadores expostos àquelas condições. Esta relação constitui a expressão mais geral e simplificada do risco. Seu coeficiente é definido como a razão entre o número de novos acidentes do trabalho a cada ano e a população exposta ao risco de sofrer algum tipo de acidente. Na tabela abaixo estão demonstrados os números totais dos indicadores obtidos na ultima atualização da AEAT.
Tabela 2- Indicadores de acidentes de trabalho segundo a CNAE no Brasil no ano de 2012
CNAE
|
INDICADORES DE ACIDENTES DO TRABALHO |
|||||||
Incidência (por 1.000 vínculos) |
Incidência de Doenças Ocupacionais (por 1.000 vínculos) |
Incidência de Acidentes Típicos (por 1.000 vínculos) |
Incidência de Incapacidade Temporária (por 1.000 vínculos) |
Taxa de Mortalidade (por 100.000 vínculos) |
Taxa de Letalidade (por 1.000 acidentes) |
Acidentalidade para a faixa 16 a 34 anos (por 100 acidentes) |
||
TOTAL........ |
17,03 |
0,40 |
10,16 |
14,44 |
6,60 |
3,88 |
51,82 |
Percebe-se que os indicadores sempre relacionados a um numero de vínculos para que as informações fiquem mais simples assim facilitando o entendimento e expandindo a leque de possíveis leitores.
Dados Segurança e Saúde na Industria da Construção
Outro documento também que e muito interessante e o Segurança e Saúde na
Indústria da Construção no Brasil (DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÕES PARA A
PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO, 2015), elaborado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI juntamente com seus parceiros com objetivo de prevenir acidentes de trabalho na industria em geral mais neste documento se tem um maior sensibilidade com a industria da construção civil.Como este e muito extenso procuramos destacar as partes principais que demostrem a numero atualizado de acidentes relacionados a industria atualmente e um histórico dos acidentes registrados de 2000 a 2013.A comparação do risco de morrer por AT entre os trabalhadores da IC do Brasil e de
outros países revela diferenças abissais. Enquanto a mortalidade média geral por AT na
Inglaterra em 2011/2012 foi de 0,6/100.000, na indústria da construção foram ao todo 49
mortes com um coeficiente de mortalidade de 1,6/100.000 trabalhadores, também com
tendência de queda, de 30% nos últimos cinco anos (HSE, 2014). Nos EUA, em 2012, a
IC apresentou 806 mortes e o primeiro aumento desde 2006, com o coeficiente de mortalidade
de 9,9/100.000, menor que a estimativa brasileira. Portanto, embora o Brasil represente
uma das maiores economias do mundo, o seu desempenho frente à proteção dos
trabalhadores que constroem essa riqueza está muito distante desse poder econômico,
e isso precisa ser superado. A situação ideal seria de queda da mortalidade por AT na IC
chegando próximo à média geral nacional, ou a de outros países reconhecidamente mais
avançados em termos da segurança e saúde do trabalhador.
TABELA 1. NÚMERO DE ÓBITOS E COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR AT (CM-AT/100.000) GERAL
E NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, IC, EM TRABALHADORES SEGURADOS, ENTRE 2000 E 2012, NO
BRASIL.
Fonte: MPS, Anuário Estatístico da Previdência Social, AEPS e AEAT dos anos correspondentes.
Em relação à comparação da gravidade dos AT na IC em comparação com os demais
ramos de atividade econômica, em todos os anos analisados a diferença foi desvantajosa
para a IC, e esta desvantagem vem aumentando, chegando a mais do triplo em 2012
(3,04). Esta diferença atingiu o menor valor em 2003, quando iniciou uma tendência de
aumento chegando ao seu maior valor em 2012. Estes achados revelam que a gravidade
dos AT na IC vem aumentando ao longo da década, especialmente entre 2007 e 2012. possível que de fato os AT tenham
se tornado mais graves devido ao aumento relativo do peso dos grandes empreendimentos
em contraste com as construções de menor porte, e a permanência de práticas baseadas
em tecnologias ultrapassadas, aventadas por gestores da IC. Esse aumento da letalidade
também pode ser resultante de problemas metodológicos, como a redução relativa de casos
menos graves, que se supõe são menos comumente registrados.
A partir deste capitulo o documento começa a especificar muito os acidentes com uma linguagem estatística complicada que de fato não e interessante para a nossa compressão deste assunto então resolvemos destacar uma serie de tópicos com os principais assuntos deste artigo para facilitar nosso entendimento sobre a historia recente da Industria da construção no Brasil quando se trata de AT.
- 1.No Brasil, a mortalidade por AT na IC em 2012 foi de 17,1 óbitos para cada 100.000 trabalhadores, bem mais elevada do que a dos outros ramos de atividade econômica, que foi de 6,6/100.000. Essa diferença é mais de duas vezes a nacional;
- 2. A mortalidade por AT na IC vinha declinando, mas se elevou em 2009 e 2010, caindo desde então para os menores valores, 16,7/100.000 e 17,1/100.000 20 SEGURANÇA E SAÚDE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO BRASIL • DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO em 2011 e 2012, respectivamente. Desde 2000 a 2012, houve queda para quase a metade;
- 3. As estimativas do Brasil para a IC são muito maiores do que os coeficientes de mortalidade da Inglaterra, de apenas 1,6 /100.000 e dos Estados Unidos de 9,9 /100.000;
- 4. A gravidade dos AT estimada pela letalidade (proporção de óbitos entre todos os casos de AT) na IC mostra que variou de 4,9% em 2000 para 6,5%, aumento de 32,6% nos últimos 13 anos (2000-2012);
- 5. A maior parte dos óbitos por AT decorreu de quedas e situações com envolvimento de veículos, com traumatismo craniano, do tórax, e múltiplos traumas;
- 6. Estudos mostram grande sub-registro da natureza ocupacional do acidente de trabalho fatal nos sistemas de registro existentes. Gradualmente registros sobre a relação com o trabalho no Sistema de Informações sobre Mortalidade, SIM, que se baseia nas declarações de óbitos vem melhorando a qualidade e cobertura.
- 7. Na IC, em 2011, a incidência anual de AT não fatais (proporção de trabalhadores que sofreu AT em um ano) entre os trabalhadores do sexo masculino segurados foi de 5,6/ 1.000, reduzindo para 2,6/1.000 em 2012. Houve entre 2000 e 2011 uma queda de 6,6/ 1.000 para 2,6/1.000, redução de 60,1% em 13 anos. Esta queda, no entanto, foi maior do que a verificada para os demais ramos de atividade econômica, de 4,8/1.000 para 3,0/ 1.000, de 37,5%;
- 8. A incidência anual de AT não fatais na IC é maior do que a dos demais ramos de atividade econômica, em todos os anos, exceto em 2012. Essa diferença vem se elevando, passando de 37% em 2000 para 107% em 2011 (razão de incidência ou risco relativo de 2,07), caindo em 2012, mas esse último dado pode ser modificado;
- 9. A incidência de acidentes de trabalho na construção aumentou bruscamente em 2007, mas tendeu a se estabilizar com tendência de queda no período;
- 4. A participação dos AT não fatais da IC, no conjunto de AT, variou de 8% (2000) a 6,6% (2012), queda de 17,5%;
- 10. As lesões mais comuns foram de membros superiores, inferiores, cabeça e pesco- ço, nessa ordem;
- 11. As circunstâncias mais comumente relatadas entre os AT não fatais notificados na IC diferiram entre os sexos. Entre as mulheres foram: 1) quedas (não especificadas); 2) acidentes com veículos; 3) agressões interpessoais. Entre os homens distintamente foram: 1) impacto com objetos; 2) quedas, especialmente de escadas; 3)acidentes com veículos.
Imagens são muito melhores para apreendermos então baixo estaremos colocando alguns gráficos que relacionam os AT a Idade, Unidade Federativa e parte do corpo atingida.
Gráfico 1- Acidentes de trabalho ocorridos no Brasil no ano de 2013 dividido por faixa etária.
Gráfico2- Acidentes de trabalho ocorridos no Brasil no ano de 2013 em cada UF.
Gráfico 3- Acidentes de trabalho ocorridos no Brasil no ano de 2013 especificando parte do corpo afetada.
Esse foi o nossa primeira postagem sobre a segurança e saúde dos trabalhadores na industria brasileira.Para acessar as mais informações acesse os links abaixo e se quiser comentar dar sugestões para próximas publicações deixe seu comentário abaixo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUm excelente iniciativa para o conhecimento sobre a segurança com o trabalho da eletricidade,pois, está é muito perigosa q vem á causar a morte de quem a manuseia erroneamente.
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