quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dados da Saúde e Segurança no trabalho no Brasil

  Contribuindo para o maior conhecimento dos temas relacionados aos acidentes do trabalho o Ministério da Previdência Social e o Ministério do Trabalho e Emprego apresentam o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho – AEAT.
  Neste documento são apresentados dados sobre acidentes do trabalho, suas principais consequências, os setores de atividades econômicas e a localização geográfica de ocorrência dos eventos.Analisando este documento procuramos resumir assim destacando as partes mais importantes. 
 Este documento e dividido em duas seções que são:
  1. Estatísticas de Acidentes do Trabalho
  2. Indicadores de Acidentes do Trabalho
a primeira seção fala principalmente do numero de acidentes de trabalho que aconteceram no Brasil de 2011 a 2013.E os acidentes são divididos em três tipos principais que são:
  • Acidentes Trajeto
  • Acidentes Típicos
  • Doenças do Trabalho 
E as vitimas são divididas entre pessoas que trabalham com CAT registrada e não registrados.

   A Tabela abaixo traz os números totais dos acidentes de trabalho ocorridos no Brasil  de 2011 a 2013, onde se pode analisar que se teve um pequeno decrescimento do numero de totais de  acidentes, mais em relação as pessoas registradas isso houve um aumento de cerca de 1%.Os acidentes com as pessoas sem registro diminuiu de 2011 para 2013, fato que se deve também ao decrescimento de pessoas que estão trabalhando em situação irregular.            

Tabela 1- Quantidade de acidentes por situação de registro e motivo segundo a CNAE no Brasil de 2011 a 2013. 

CNAE

QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO

Total

Com CAT Registrada

Sem CAT  Registrada

Total

Motivo

Típico

Trajeto

Doença do Trabalho

2011

2012

2013

2011

2012

2013

2011

2012

2013

2011

2012

2013

2011

2012

2013

2011

2012

2013

       TOTAL

720.629

713.984

717.911

543.889

546.222

559.081

426.153

426.284

432.254

100.897

103.040

111.601

16.839

16.898

15.226

176.740

167.762

158.830




    Na seção 2 do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho – AEAT que traz os indicadores de acidentes no trabalho.O assunto principal  e a  intensidade com que acontecem os acidentes do trabalho expressando a relação entre as condições de trabalho e o quantitativo médio de trabalhadores expostos àquelas condições. Esta relação constitui a expressão mais geral e simplificada do risco. Seu coeficiente é definido como a razão entre o número de novos acidentes do trabalho a cada ano e a população exposta ao risco de sofrer algum tipo de acidente. Na tabela abaixo estão demonstrados os números totais dos  indicadores obtidos na ultima atualização da AEAT.

 Tabela 2- Indicadores de acidentes de trabalho segundo a CNAE no Brasil no ano de 2012

CNAE

INDICADORES DE ACIDENTES DO TRABALHO







Incidência (por 1.000 vínculos)

Incidência de Doenças Ocupacionais (por 1.000 vínculos)

Incidência de Acidentes Típicos (por 1.000 vínculos)

Incidência de Incapacidade Temporária (por 1.000 vínculos)

Taxa de Mortalidade (por 100.000 vínculos)

Taxa de Letalidade (por 1.000 acidentes)

Acidentalidade para a faixa 16 a 34 anos (por 100 acidentes)

       TOTAL........

17,03

0,40

10,16

14,44

6,60

3,88

51,82



   Percebe-se que os indicadores sempre relacionados a um numero  de vínculos para que as informações fiquem mais simples assim facilitando o entendimento e expandindo a leque de possíveis leitores.  



Dados Segurança e Saúde na Industria da Construção 



    Outro documento  também que e muito interessante e o Segurança e Saúde na Indústria da Construção no Brasil (DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO, 2015), elaborado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI juntamente com seus parceiros com objetivo de prevenir acidentes de trabalho na industria em geral mais neste documento se tem um maior sensibilidade com a industria da construção civil.Como este e muito extenso procuramos destacar as partes principais que demostrem a numero atualizado de acidentes relacionados a  industria atualmente e um histórico dos acidentes registrados de 2000 a 2013.A comparação do risco de morrer por AT entre os trabalhadores da IC do Brasil e de outros países revela diferenças abissais. Enquanto a mortalidade média geral por AT na Inglaterra em 2011/2012 foi de 0,6/100.000, na indústria da construção foram ao todo 49 mortes com um coeficiente de mortalidade de 1,6/100.000 trabalhadores, também com tendência de queda, de 30% nos últimos cinco anos (HSE, 2014). Nos EUA, em 2012, a IC apresentou 806 mortes e o primeiro aumento desde 2006, com o coeficiente de mortalidade de 9,9/100.000, menor que a estimativa brasileira. Portanto, embora o Brasil represente uma das maiores economias do mundo, o seu desempenho frente à proteção dos trabalhadores que constroem essa riqueza está muito distante desse poder econômico, e isso precisa ser superado. A situação ideal seria de queda da mortalidade por AT na IC chegando próximo à média geral nacional, ou a de outros países reconhecidamente mais avançados em termos da segurança e saúde do trabalhador.


TABELA 1. NÚMERO DE ÓBITOS E COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR AT (CM-AT/100.000) GERAL E NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, IC, EM TRABALHADORES SEGURADOS, ENTRE 2000 E 2012, NO BRASIL.



Fonte: MPS, Anuário Estatístico da Previdência Social, AEPS e AEAT dos anos correspondentes.

       
 Em relação à comparação da gravidade dos AT na IC em comparação com os demais ramos de atividade econômica, em todos os anos analisados a diferença foi desvantajosa para a IC, e esta desvantagem vem aumentando, chegando a mais do triplo em 2012 (3,04). Esta diferença atingiu o menor valor em 2003, quando iniciou uma tendência de aumento chegando ao seu maior valor em 2012. Estes achados revelam que a gravidade dos AT na IC vem aumentando ao longo da década, especialmente entre 2007 e 2012. possível que de fato os AT tenham se tornado mais graves devido ao aumento relativo do peso dos grandes empreendimentos em contraste com as construções de menor porte, e a permanência de práticas baseadas em tecnologias ultrapassadas, aventadas por gestores da IC. Esse aumento da letalidade também pode ser resultante de problemas metodológicos, como a redução relativa de casos menos graves, que se supõe são menos comumente registrados.
    
A partir deste capitulo o documento começa a especificar muito os acidentes com uma linguagem estatística complicada que de fato não e interessante para a nossa compressão deste assunto então resolvemos destacar uma serie de tópicos com os principais assuntos deste artigo para facilitar nosso entendimento sobre a historia recente da Industria da construção no Brasil quando se trata de AT. 



  • 1.No Brasil, a mortalidade por AT na IC em 2012 foi de 17,1 óbitos para cada 100.000 trabalhadores, bem mais elevada do que a dos outros ramos de atividade econômica, que foi de 6,6/100.000. Essa diferença é mais de duas vezes a nacional; 
  • 2. A mortalidade por AT na IC vinha declinando, mas se elevou em 2009 e 2010, caindo desde então para os menores valores, 16,7/100.000 e 17,1/100.000 20 SEGURANÇA E SAÚDE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO BRASIL • DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO em 2011 e 2012, respectivamente. Desde 2000 a 2012, houve queda para quase a metade; 
  • 3. As estimativas do Brasil para a IC são muito maiores do que os coeficientes de mortalidade da Inglaterra, de apenas 1,6 /100.000 e dos Estados Unidos de 9,9 /100.000; 
  • 4. A gravidade dos AT estimada pela letalidade (proporção de óbitos entre todos os casos de AT) na IC mostra que variou de 4,9% em 2000 para 6,5%, aumento de 32,6% nos últimos 13 anos (2000-2012);
  •  5. A maior parte dos óbitos por AT decorreu de quedas e situações com envolvimento de veículos, com traumatismo craniano, do tórax, e múltiplos traumas; 
  • 6. Estudos mostram grande sub-registro da natureza ocupacional do acidente de trabalho fatal nos sistemas de registro existentes. Gradualmente registros sobre a relação com o trabalho no Sistema de Informações sobre Mortalidade, SIM, que se baseia nas declarações de óbitos vem melhorando a qualidade e cobertura.
  • 7. Na IC, em 2011, a incidência anual de AT não fatais (proporção de trabalhadores que sofreu AT em um ano) entre os trabalhadores do sexo masculino segurados foi de 5,6/ 1.000, reduzindo para 2,6/1.000 em 2012. Houve entre 2000 e 2011 uma queda de 6,6/ 1.000 para 2,6/1.000, redução de 60,1% em 13 anos. Esta queda, no entanto, foi maior do que a verificada para os demais ramos de atividade econômica, de 4,8/1.000 para 3,0/ 1.000, de 37,5%; 
  • 8. A incidência anual de AT não fatais na IC é maior do que a dos demais ramos de atividade econômica, em todos os anos, exceto em 2012. Essa diferença vem se elevando, passando de 37% em 2000 para 107% em 2011 (razão de incidência ou risco relativo de 2,07), caindo em 2012, mas esse último dado pode ser modificado; 
  • 9. A incidência de acidentes de trabalho na construção aumentou bruscamente em 2007, mas tendeu a se estabilizar com tendência de queda no período; 
  • 4. A participação dos AT não fatais da IC, no conjunto de AT, variou de 8% (2000) a 6,6% (2012), queda de 17,5%; 
  • 10. As lesões mais comuns foram de membros superiores, inferiores, cabeça e pesco- ço, nessa ordem; 
  • 11. As circunstâncias mais comumente relatadas entre os AT não fatais notificados na IC diferiram entre os sexos. Entre as mulheres foram: 1) quedas (não especificadas); 2) acidentes com veículos; 3) agressões interpessoais. Entre os homens distintamente foram: 1) impacto com objetos; 2) quedas, especialmente de escadas; 3)acidentes com veículos.
 Imagens são muito melhores para apreendermos então baixo estaremos colocando alguns gráficos que  relacionam os AT a Idade, Unidade Federativa e parte do corpo atingida.
Gráfico 1- Acidentes de trabalho ocorridos no Brasil no ano de  2013 dividido por faixa etária.  


Gráfico2- Acidentes de trabalho ocorridos no Brasil no ano de  2013 em cada UF.


Gráfico 3- Acidentes de trabalho ocorridos no Brasil no ano de  2013 especificando parte do corpo afetada. 




Esse foi o nossa primeira postagem sobre a segurança e saúde dos trabalhadores na industria brasileira.Para acessar as mais informações acesse os links abaixo e se quiser comentar dar sugestões para próximas publicações deixe seu comentário abaixo    



2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Um excelente iniciativa para o conhecimento sobre a segurança com o trabalho da eletricidade,pois, está é muito perigosa q vem á causar a morte de quem a manuseia erroneamente.

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